quinta-feira, 25 de agosto de 2016

GOLPE...GOLPISTAS...GOLPEADOS


FolhaSP (25/08): No artigo "#VaiTerGolpe", Clovis Rossi recorre aos recursos dos (a) ginastas campeões olímpicos(a) para afirmar que não é "golpe", não existe "golpistas" e tampouco "golpeados". Mas, como sugere Luigi Pirandello em sua peça teatral, "Assim é (se lhe parece)" - a verdade e as suas versões. 

E, aí podemos fazer comparações com as mais sórdidas articulações para retirar do governo a presidente Dilma Roussef, com o uso descarado dos recursos públicos no valor de R$50 bilhões, conforme denúncia da senadora Katia Abreu(PMDB). 

Outro ponto que chama a atenção é os golpistas afiarem as suas garras na sanha covarde contra a cultura e os artistas brasileiros. 



Tudo por causa de uma foto pendurada na parede do planeta. 

O filme AQUARIUS é a foto. 

Esta foto incomoda, sobretudo por que não existe "borracha" e tampouco adianta recorrer ao mais novo verbo da língua portuguesa: Deletar. Nada disso apagará. 



Pensei sobre isso ao sair da sessão do fabuloso "Francofonia" de Alexandr Sukurov; como escreveu Luiz Zanin em sua crítica publicado no jornal " O Estado de São Paulo": "a cultura é tudo que nos resta". 

Os governos autoritários, ilegítimos ou não, sempre recorreram em primeiro fazer silenciar quem pode meter o dedo na ferida da farsa. Foi assim quando o então governador carioca Carlos Lacerda, por considerar que o filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (Glauber Rocha), "difamava a imagem do Brasil", proibiu a sua exibição. O mesmo aconteceu com "Vidas Secas" (Nelson P dos Santos), "Os Fuzis" (Ruy Guerra), recorreram a covardia de deixar exibir, mas proibir a sua circulação no exterior. 

O mesmo fazem os golpistas: os apoiadores do Golpe Midiático Parlamentar organizam um movimento de boicote ao filme Aquarius; Um dos integrantes da comissão que vai selecionar o representante brasileiro no Oscar, torna público a sua opinião sobre Aquarius, antes mesmo de ter assistido; Ao impor a marca de que "o filme não é recomendado para menos de 18 anos", os golpistas recorrem a mais uma artimanha para vingar a foto na parede pública do planeta. 

Enquanto isso Clovis Rossi continua vendendo gato por lebre.

O GOLEIRO WEVERTON E O ACRE

A Margem da História.


O Acre é uma das páginas mais bonitas da história do Brasil.  Desde quando o Governo do Amazonas descobriu que grupos estrangeiros sediado em Nova York, tramavam com autoridades do governo da Bolívia a criação de um protetorado dos EUA - Bolivian Sindicate.  A coincidência a favor dos amazônidas foi se encontrar vivendo na região Plácido de Castro, militar gaúcho que liderando 30 homens, criou um movimento armado e tomaram Xapuri, iniciando a luta fomentada pelo Governo do Amazonas na conquista do Acre. Até aí, o governo federal brasileiro havia ignorado este conflito.


O Acre entrou no mapa do Brasil na marra. E, não foi por menos que o goleiro e acreano Weverton, ao ganhar medalha de ouro olímpica, como um dos jogadores da seleção brasileira, ostentou com orgulho a bandeira do Acre. 

Quem sabe, agora, o Brasil e os brasileiros descubram o Acre?

Esta é a Amazônia, aquela que é sempre celebrada, sempre referência das potencialidades do país e no entanto é o mesmo lugar das indiferenças. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

AQUELE ABRAÇO...ABERTURA OLIMPÍADAS 2016



Evoé Gil, como te amamos!

Nada poderia ser mais emblemático, mesmo que nos possa parecer um paradoxo, nas circunstâncias da abertura das Olimpíadas do que ouvir num arranjo cool e na voz de Luiz Melodia "Aquele Abraço". 

Gilberto Gil, compôs esta canção em 1969, logo depois de sair da prisão do quartel no Realengo-RJ. Foram 66 dias de cadeia, simplesmente por que era jovem, por que era um artista.

"Aquele Abraço" foi composta para celebrar sua liberdade, acabou por lavar a alma de todos os brasileiros que se sentiam reprimidos pela ditadura, foi um sucesso arrebatador. Esta carta de despedida, quando partia para o exílio, em Londres, ainda hoje, assume (talvez) novos significados. 






"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

www.tudoporamoraocinema.com.br

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.