Finalmente fui assistir "Amar, Beber e Cantar", o último filme de Alain Resnais (1922-2014:
- Extraordiário!
Mas nada disso é novo em se tratando dum filme deste diretor que gosta do intangível, de brincar com a forma e conteúdo, assim como um gatinho brinca com um novelo de linhas.
Foi assim que mudou a nossa percepção da mise-en-scéne no cinema com "O Ano Passado em Marienbad-L'anné derniére a Marienbad", com planos muito amplos, dando liberdade as imagens no lugar das palavras, antes já nos havia causado perplexidades diante da bomba atômica em "Hiroshima, Mon Amour" ("- Não, você não viu Hiroshima."). Desta vez, neste "Amar, Beber e Cantar" é "George", um personagem sempre ausente e jamais tangível, mas, é ele quem agita a trama, desenganado pelos médicos, tem 6 meses de vida...
Diante da proximidade desta morte faz com que cada um dos personagens repensem suas relações afetivas cotidianas. O provocador da vida é o intangível, inclusive a morte, neste caso que tal "Amar, Beber e Cantar"? Ou como escreveu o crítico Carlos Alberto Mattos: "amei, bebi e cantei."
Aimer, Boire et Chanet
- Direção: Alain Renais
- Roteiro: Alan Ayckbourn, Jean-Marrie Besset, Laurent Herbiet, Alan Resnais, Caroline Sihol
- Produção: Christophe Jeauffroy, Jean-Louis Livi
- Fotografia: Dominique Bouilleret
- Edição: Hervé de Luze
- Elenco: Sabine Azéma, Hippolyte Girardot, Caroline Sihol, Michel Vuillermoz, Sandrine Kiberlain, André Dussollier
- Gênero: Drama
- País: França
- Ano: 2014
- Tempo: 108 min
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