Obama, apontando para Lula, comenta com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd:
"Esse é o cara! Eu adoro esse cara!".
Enquanto Lula cumprimenta o primeiro-ministro da Austrália, Obama diz:
"Esse é o político mais popular da Terra".
Foi a vez do australiano fazer o seu comentário:
"O mais popular político de longo mandato".
Mas aí Obama acrescenta:
"É porque ele é boa pinta".
Muito já se escreveu sobre esse encontro e muitos têm minimizado esse episódio, talvez por ressentimentos políticos e pessoais contra o mandatário brasileiro.
Lula, o ex-metalúrgico desde “pau-de-arara” a líder sindicalista no sul maravilha, a sua trajetória vitoriosa não tem sido bolinho, teve que engolir muito sapo, ao contrario daqueles que tentam impingir-lhe o apelido de “sapão”.
É verdade desde que os Estados Unidos se colocaram como capital imperial do planeta, nós latinos americanos fomos obrigados a engoli-los com todas as letras. Desde a doutrina Monroe (1823), “a America para os americanos” ou... “América para os estadunidenses”, depois em 1901 Theodore Roosevelt institui a “Política do Big Stick" (Grande Porrete), aquela que tinha como objetivo o intervencionismo imperialista sob a justificativa de "impor a ordem e devolver a democracia aos países latino-americanos". Em 1913 ele veio nos visitar, encontrava-se motivado pela ambição de caçador: matar onças, antas e batizar um rio com o seu nome, antes conhecido como “rio das duvidas”.
No inicio dos anos setenta o presidente Nixon declarou: “para onde o Brasil se inclinar, irá toda a America Latina”. E não deu outra, logo todos os países viveriam sob ditaduras, geralmente comandadas por militares treinados na Escola das Américas- Panamá, conhecida também como “escolas de assassinos e torturadores”. Sem esquecer-se do ex-ator roliudiano Ronald Reagan, quando eleito presidente desembarcou no Brasil saudando-nos como “o querido povo boliviano”.
Quer dizer, a percepção do mandatário norte-americano estava restrita a republica das bananas, e nós uns alegres "macacaquitos" com a capital Buenos Aires. Ainda nos anos oitenta Bush-pai identificou nos efeitos midiáticos do ex-presidente Fernando Collor de Melo uma semelhança aos efeitos especiais do personagem cinematográfico - “Indiana Jones”.
Recentemente quando Bush-filho desembarcou em nosso país, o fez sob uma forte segurança, numa operação de guerra, bem ao seu estilo de presidente-bélico, sem nenhum contato com os mortais. Quanto a memória da sua visita ninguém recorda, passou em branco.
Diante deste quadro de horrores, podemos afirmar, melhor, agora, com o presidente Barak Obama tendo no presidente Lula um confiável aliado na sua espinhosa tarefa em costurar essa colcha de retalhos com os países amigos, mucho amigos dos norte-americanos, porem, abarrotados de desconfianças.
Lula popular e boa-pinta, na verdade é um alfaiate, desta maneira é o escolhido pelo presidente-imperial para vestir com bons modos os Estados Unidos da America do Norte nesta nova trajetória histórica.
Em síntese: carisma não se compra e nem se inventa.
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