quinta-feira, 16 de abril de 2009

OBAMA LULA: HE IS MY MAN


Obama, apontando para Lula, comenta com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd:

"Esse é o cara! Eu adoro esse cara!".

Enquanto Lula cumprimenta o primeiro-ministro da Austrália, Obama diz:

"Esse é o político mais popular da Terra".

Foi a vez do australiano fazer o seu comentário:

"O mais popular político de longo mandato".

Mas aí Obama acrescenta:

"É porque ele é boa pinta".


Muito já se escreveu sobre esse encontro e muitos têm minimizado esse episódio, talvez por ressentimentos políticos e pessoais contra o mandatário brasileiro.


Lula, o ex-metalúrgico desde “pau-de-arara” a líder sindicalista no sul maravilha, a sua trajetória vitoriosa não tem sido bolinho, teve que engolir muito sapo, ao contrario daqueles que tentam impingir-lhe o apelido de “sapão”.


É verdade desde que os Estados Unidos se colocaram como capital imperial do planeta, nós latinos americanos fomos obrigados a engoli-los com todas as letras. Desde a doutrina Monroe (1823), “a America para os americanos” ou... “América para os estadunidenses”, depois em 1901 Theodore Roosevelt institui a “Política do Big Stick" (Grande Porrete), aquela que tinha como objetivo o intervencionismo imperialista sob a justificativa de "impor a ordem e devolver a democracia aos países latino-americanos". Em 1913 ele veio nos visitar, encontrava-se motivado pela ambição de caçador: matar onças, antas e batizar um rio com o seu nome, antes conhecido como “rio das duvidas”.


No inicio dos anos setenta o presidente Nixon declarou: “para onde o Brasil se inclinar, irá toda a America Latina”. E não deu outra, logo todos os países viveriam sob ditaduras, geralmente comandadas por militares treinados na Escola das Américas- Panamá, conhecida também como “escolas de assassinos e torturadores”. Sem esquecer-se do ex-ator roliudiano Ronald Reagan, quando eleito presidente desembarcou no Brasil saudando-nos como “o querido povo boliviano”.


Quer dizer, a percepção do mandatário norte-americano estava restrita a republica das bananas, e nós uns alegres "macacaquitos" com a capital Buenos Aires. Ainda nos anos oitenta Bush-pai identificou nos efeitos midiáticos do ex-presidente Fernando Collor de Melo uma semelhança aos efeitos especiais do personagem cinematográfico - “Indiana Jones”.


Recentemente quando Bush-filho desembarcou em nosso país, o fez sob uma forte segurança, numa operação de guerra, bem ao seu estilo de presidente-bélico, sem nenhum contato com os mortais. Quanto a memória da sua visita ninguém recorda, passou em branco.


Diante deste quadro de horrores, podemos afirmar, melhor, agora, com o presidente Barak Obama tendo no presidente Lula um confiável aliado na sua espinhosa tarefa em costurar essa colcha de retalhos com os países amigos, mucho amigos dos norte-americanos, porem, abarrotados de desconfianças.


Lula popular e boa-pinta, na verdade é um alfaiate, desta maneira é o escolhido pelo presidente-imperial para vestir com bons modos os Estados Unidos da America do Norte nesta nova trajetória histórica.


Em síntese: carisma não se compra e nem se inventa.


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"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.