VIVA!
O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional decidiu pelo tombamento definitivo do Encontro das Águas dos rios Solimões e Negro (Manaus).
Esta não é apenas uma notícia qualquer, ela expressa um avanço da cidadania amazonense.
Existe ainda muito interesse econômico em se manter a construção do novo porto de Manaus aí onde ocorre um dos mais expressivos fenômenos naturais da região, justamente aquele que nos dá identidade como povo de um determinado lugar, nós amazonenses-manauaras somos filhos deste encontro do Rio Negro com o Solimões e não podemos deixar que nos desconstruam.
Faz bem os movimentos sociais, faz bem o poeta Thiago de Mello em vestir a camisa em defesa deste encontro.
Sim, sabemos que esta não é a vitória definitiva, ainda existem outros percalços, mas este fato do IPHAN é sem duvida muitas braçadas a favor do objetivo final.
Manaus que foi uma das cidades mais belas (urbanismo e arquitetura)do século XX, mas ao longo dos ultimos quarenta anos ela foi sistemáticamente destruída. Por motivos heterodoxos a sua população consentiu aos desmanches, mas eis que os tempos mudaram e não mais vamos deixar que destruam o que restou. Não podemos admitir que o "centro histórico de Manaus" seja apenas o Teatro Amazonas e os casarios que o contornam.
O círculo que se formou neste movimento em defesa do Encontro das Águas é energizante: uma realidade maravilhosa, porque poesia pura e realidade concreta de um mundo frágil que ainda se defende dos abusos do Capital. Mas que, afinal, não é tão frágil ou utópica como parece: porque todos nós queremos lutar e preservar a "Grande Mãe d'Agua" de aquilo que seria o verdadeiro Apocaplipse que o "visionário" Glauber Rocha profetizava desde "Amazonas Amazonas" em 1966... Vamos pra frente, com o passado do Glauber, o presente da Dilma, o futuro da Amazônia, nossa grande mãe de História, Civilização, Elegância e Beleza.
O círculo que se formou neste movimento em defesa do Encontro das Águas é energizante: uma realidade maravilhosa, porque poesia pura e realidade concreta de um mundo frágil que ainda se defende dos abusos do Capital. Mas que, afinal, não é tão frágil ou utópica como parece: porque todos nós queremos lutar e preservar a "Grande Mãe d'Agua" de aquilo que seria o verdadeiro Apocaplipse que o "visionário" Glauber Rocha profetizava desde "Amazonas Amazonas" em 1966... Vamos pra frente, com o passado do Glauber, o presente da Dilma, o futuro da Amazônia, nossa grande mãe de História, Civilização, Elegância e Beleza.
Um sinal dos tempos...diante da tragédia cíclica da baixada das águas do rio Solimões ele revelou antigas armadilhas utilizadas faz quase dois séculos pelo movimento nativista "Cabanagem" (1830-1840), a natureza é sábia: guarda e revela segredos.
"A beleza, o sublime não se cancelam. A bosta cotidiana, sim"
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