1970. UnB - Universidade de Brasília.
Calouro é assim mesmo...cara metido. E nem poderia ser diferente, instinto de auto-defesa contra os veteranos de olho nos novatos. Eles queriam nada menos que raspar a nossa cabeça, e, naquela época os cabelos cresciam aos olhos vistos, todos nós queríamos ficar em sintonia com a tribo Hippie - Woodstock. E mais... Vivíamos um contraditório, como pensar na "paz e amor" num país que praticava o ódio?
Calouro é assim mesmo...cara metido. E nem poderia ser diferente, instinto de auto-defesa contra os veteranos de olho nos novatos. Eles queriam nada menos que raspar a nossa cabeça, e, naquela época os cabelos cresciam aos olhos vistos, todos nós queríamos ficar em sintonia com a tribo Hippie - Woodstock. E mais... Vivíamos um contraditório, como pensar na "paz e amor" num país que praticava o ódio?
No Brasil a ditadura prendia-matava, esfolava implacávelmente e sem piedade. Em todos os lugares havia um olho-espião, um dedo-duro em riste. A classe média iniciava seu debut numa economia denominada pelo chamado "milagre brasileiro". A moda era fazer comparações com o Japão. A verdade é que os Estados Unidos da América do Norte havia invadido total, ocupava os corações e mentes dos brasileiros.
Enquanto isso, um jovem estudante de 18 anos,
amazonense, perambulando pelo campus
universitário descobriu recantos ainda pouco
explorados da UnB. Acabei por descobrir a
discoteca, uma sala que ficava dentro da
biblioteca central, mas não era somente isso.
Fiquei pasmo e feliz ao encontrar aí muitos
long-plays novinhos em folha, ainda lacrados.
Muitos deles eram de jazz. E tambem não era
só isso, nada menos (um deles) o álbum
seminal de Miles Davis - "Bitches Brew", o
mesmo que este ano comemora 41º
aniversário e ao mesmo tempo que completa
duas décadas da morte deste grande músico.
amazonense, perambulando pelo campus
universitário descobriu recantos ainda pouco
explorados da UnB. Acabei por descobrir a
discoteca, uma sala que ficava dentro da
biblioteca central, mas não era somente isso.
Fiquei pasmo e feliz ao encontrar aí muitos
long-plays novinhos em folha, ainda lacrados.
Muitos deles eram de jazz. E tambem não era
só isso, nada menos (um deles) o álbum
seminal de Miles Davis - "Bitches Brew", o
mesmo que este ano comemora 41º
aniversário e ao mesmo tempo que completa
duas décadas da morte deste grande músico.
Este disco, pra mim, foi uma descoberta
semelhante quando ouvir pela primeira vez o
álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"-
The Beatles. "Bitches Brew" estava nas minhas
mãos, ainda lacrado, o long-play aonde Miles
Davis namora e chega as vias do fato com o
rock’n’roll dos anos 70.
"Bitches Brew" (até hoje) nos revela uma
sonoridade trangressora a tudo que se pensava
na música de jazz ou como depois dele ficou
denominado como Jazz-Fusion - uma invenção
Miles Davis.
E uma curiosidade: O músico brasileiro Airton Moreira, participa com berimbau, cuíca e percussões.
Don Alias - Percussion, Conga, Drums/
Khalil Balakrishna - Sitar/
Harvey Brooks - Bass,
Electric bass/Ron Carter - Bass/
Billy Cobham - Drums, Triangle/
Chick Corea - Electric piano
Jack DeJohnette - Drums/
Steve Grossman - Soprano saxophone/
Steve Grossman - Soprano saxophone/
Herbie Hancock - Electric piano
Dave Holland - Bass, Electric bass
Bennie Maupin - Bass clarinet
John McLaughlin - Guitar
Airto Moreira - Berimbau, Cuíca, Percussion
Bihari Sharma - Tabla, Tamboura
Wayne Shorter - Soprano saxophone
Juma Santos (Jim Riley) - Conga, Shaker
Lenny White - Drums
Larry Young - Organ, Celeste, Electric piano
Joe Zawinul - Electric piano
Bennie Maupin - Bass clarinet
John McLaughlin - Guitar
Airto Moreira - Berimbau, Cuíca, Percussion
Bihari Sharma - Tabla, Tamboura
Wayne Shorter - Soprano saxophone
Juma Santos (Jim Riley) - Conga, Shaker
Lenny White - Drums
Larry Young - Organ, Celeste, Electric piano
Joe Zawinul - Electric piano
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