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braXil - só mais um blog do cultura digital por TT CATALÃO
Nos 50 anos deste santuário cercado de soja e agrobusiness importante saudar as forças vivas e simbólicas que sustentam o Brasil, embora não sejam vistas como recursos renováveis, produtivos ou commodities espirituais, viva o índio do Xingu não para que tenhamos uma bolha de exotismo para “exibir o que sobrou das origens”, mas pelo muito que representam os valores de uma cultura muito mais que uma “outra civilização”, mas uma “outra humanidade” no dizer de Levi-Strauss…via o Xingu e o tanto que temos a aprender com o laboratório vivo de relaçoes com a natureza e, tambem, com a sagrada revelação e respeito pelo OUTRO, seja humano, seja fauna, seja mineral, vegetal, sinais de encantamento, gentileza, doçura e carinho por quem amamos e somos amado. Encontre-se Xingu e Xango para que os tambores sejam um só. E a conspiração do xingamento seja desmascarada em susa hipocrisia, bebendo do próprio veneno!
Estive lá em vivência maior com os Yawalapiti. Lá recebi meu nome MAKURAUÁ, “aquele que gosta de gente”, de lá saí mais forte para uma luta que não termina com palavras, mas precisa de comprometimento para que as mudanças cheguem às politicas públicas e a realidade mude pra valer. Sempre serei grato pelo que vivi lá e continuo aprendendo até hoje. Só a arrogância mais estúpida deseja eliminar sua propria cura: não voltariamos a viver em aldeias, mas poderíamos aprender a nos relacionar sob os valores da aldeia. Diminuiria muita a neurosa das “necrópoles” e a este inferno que só aprofunda o colapso das opções atuais em economia, saúde, educação e cultura, principalmente cultura.
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