Segundo Darcy Ribeiro: "Esta é a batalha esquecida da 2a. Guerra Mundial". Foram 50 mil nordestinos (1942-1945) atraídos para trabalharem na selva amazônica extraindo o látex.
Esse episódio revela o quanto de perverso foi e continua o sistema de exploração do trabalho na Amazônia. Naquela época, os EUA para agilizar o sistema produtivo da borracha criou o Banco de Crédito da Borracha em detrimento ao tradicional sistema de intermediários (elite do comércio) denominados "aviadores", eram eles que ficavam com a maior parte do lucro, quase nada ficava com os seringueiros, estes continuavam endividados cada vez mais e jamais conseguiam sair daquele "campo de concentração" em plena selva.
Com a criação do Banco de Crédito da Borracha acreditava-se que pagando melhor ao seringueiro estimularia a coletar mais borracha. A "elite do comercio aviador" não gostou desta nova modalidade de comércio e passou a boicotar na entrega da borracha nos portos.
Em 1943, num relatório ao Secretário de Estado EUA, um funcionário assim conclui o seu relatório:
"Não há, em nenhum lugar, quatro mais negro daquilo que, em sociedades mais evoluídas, optamos por chamar corrupção e exploração. Foi um erro ignorar a sociedade estabelecida, com seus tentáculos seculares que se estendem sobre todos os milhares de seringueiros."
Os comerciantes da borracha, senhores feudais da selva amazônica, reinavam com mão-de-ferro e para manter esse status quo de poder e submissão, persuadiram os "seringueiros" a entregar-lhes a caderneta fornecida pelo governo federal, e que era a garantia para serem ressarcidos no pós-guerra. No final, aqueles comerciantes nunca devolveram as "cadernetas do soldado da borracha", ela foram incineradas para tornar cinzas as garantias dos trabalhadores da borracha. 70 anos depois, aí, estão eles, com a idade avançada, a maioria já morreram e não puderam celebrar, mesmo que tardiamente, essa vitória.
Esse episódio revela o quanto de perverso foi e continua o sistema de exploração do trabalho na Amazônia. Naquela época, os EUA para agilizar o sistema produtivo da borracha criou o Banco de Crédito da Borracha em detrimento ao tradicional sistema de intermediários (elite do comércio) denominados "aviadores", eram eles que ficavam com a maior parte do lucro, quase nada ficava com os seringueiros, estes continuavam endividados cada vez mais e jamais conseguiam sair daquele "campo de concentração" em plena selva.
Com a criação do Banco de Crédito da Borracha acreditava-se que pagando melhor ao seringueiro estimularia a coletar mais borracha. A "elite do comercio aviador" não gostou desta nova modalidade de comércio e passou a boicotar na entrega da borracha nos portos.
Em 1943, num relatório ao Secretário de Estado EUA, um funcionário assim conclui o seu relatório:
"Não há, em nenhum lugar, quatro mais negro daquilo que, em sociedades mais evoluídas, optamos por chamar corrupção e exploração. Foi um erro ignorar a sociedade estabelecida, com seus tentáculos seculares que se estendem sobre todos os milhares de seringueiros."
Os comerciantes da borracha, senhores feudais da selva amazônica, reinavam com mão-de-ferro e para manter esse status quo de poder e submissão, persuadiram os "seringueiros" a entregar-lhes a caderneta fornecida pelo governo federal, e que era a garantia para serem ressarcidos no pós-guerra. No final, aqueles comerciantes nunca devolveram as "cadernetas do soldado da borracha", ela foram incineradas para tornar cinzas as garantias dos trabalhadores da borracha. 70 anos depois, aí, estão eles, com a idade avançada, a maioria já morreram e não puderam celebrar, mesmo que tardiamente, essa vitória.
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