Fidel Castro atravessou o oceano das utopias, mas deixa uma marca indelével na história da humanidade, sobretudo da América Latina, será sempre uma pedra no sapato dos EUA, um assombro no sonho da "american way of life".
A imagem de Fidel é indissociável a outra imagem ícone de Che Guevara, este ficou jovem para sempre, enquanto que Fidel, acompanhamos envelhecer.
Em 2014, nesta última vez que estive em Cuba, observei na conversa com os jovens, estes, quando se referiam a Fidel Castro, era com sentimento de respeito como nós temos com os nossos avós. Não havia aquela verve revolucionária, mas, também em qual lugar do mundo de hoje, existe o fervor pela transformação?
Fidel, é referência emblemática do século XX, talvez e recorrendo a uma expressão contemporânea, ele tenha sido uma das maiores vítimas da "pós-verdade", foi a pessoa que mais vezes sofreu tentativas de assassinatos, entrou para o Guinness, até 2006 havia sofrido 638 tentativas de assassinatos, na maioria conspirado pela CIA:
Charutos e milk-shakes envenenados, bola de baseball com explosivos, substâncias químicas que fariam cair a barba, sedutoras espiãs, LSD etc.
Ao final, mas no meu imaginário a revolução cubana ainda tem como uma das suas fortes referências o filme "Memórias do Subdesenvolvimento" (1968) de Tomás Gutiérrez Alea, com música de Leo Brouwer. Neste filme, se encontra o conflito que permanece...os desafios para os que ficam talvez, sejam os mesmos para os que partiram: CUBA - os cubanos.