sexta-feira, 6 de abril de 2018

A HISTÓRIA É OPOSIÇÃO, SEMPRE


A desconstrução de uma genuína liderança popular não se faz por um decreto ou por uma ordem de prisão de um Juiz, longe disso...É um processo que vai corroendo os corações e mentes das pessoas, elas sem perceberem acabam fazendo parte de um teatro de marionetes. 

Nada disso é novidade. 

Para entender o presente é preciso que se compreenda o passado. Por exemplo, o presidente JK, hoje, é uma referência emblemática de um Brasil orgulhoso de si mesmo - A Era JK. Mas, nem sempre foi assim. 

JK foi acusado sistematicamente de corrupção. Propalava-se que ele se encontrava em conluio com as empreiteiras em obras superfaturadas durante o seu governo - Brasilia, hidrelétricas, rodovias, etc. 

Os boatos ganhavam às ruas acusando-o de ser a 7a. fortuna do mundo, tamanho eram os ganhos do saque aos cofres públicos. Porem, antes disso, tentaram impedi-lo de tomar posse (1956), depois durante o exercício do seu mandato sofreu mais outra tentativa de golpe (1959). Músicas de sucesso foram compostas para desmoraliza-lo, ex.: "Caixinha Obrigado" (Juca Chaves). 


Durante a campanha presidencial que o sucederia, surgiu um candidato que galvanizou o coração e mente dos brasileiros: Jânio Quadros. Sob a bandeira da "moralidade" e que tinha como símbolo uma "vassoura" para "varrer toda a roubalheira" do governo JK. Jânio (1961) eleito ficou apenas 7 meses no governo, renunciou. 

Ao final, quem se encontra melhor posicionado na nossa História? Quando Jânio Quadros morreu, a sua única filha com o seus netos brigaram na Justiça pela posse do espólio depositado numa conta bancária no exterior. Enquanto JK nunca foi a sétima fortuna do mundo e tampouco deixou uma herança disputada por herdeiros.

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"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.