A desconstrução de uma genuína liderança popular não se faz por um decreto ou por uma ordem de prisão de um Juiz, longe disso...É um processo que vai corroendo os corações e mentes das pessoas, elas sem perceberem acabam fazendo parte de um teatro de marionetes.
Nada disso é novidade.
Para entender o presente é preciso que se compreenda o passado. Por exemplo, o presidente JK, hoje, é uma referência emblemática de um Brasil orgulhoso de si mesmo - A Era JK. Mas, nem sempre foi assim.
JK foi acusado sistematicamente de corrupção. Propalava-se que ele se encontrava em conluio com as empreiteiras em obras superfaturadas durante o seu governo - Brasilia, hidrelétricas, rodovias, etc.
Os boatos ganhavam às ruas acusando-o de ser a 7a. fortuna do mundo, tamanho eram os ganhos do saque aos cofres públicos. Porem, antes disso, tentaram impedi-lo de tomar posse (1956), depois durante o exercício do seu mandato sofreu mais outra tentativa de golpe (1959). Músicas de sucesso foram compostas para desmoraliza-lo, ex.: "Caixinha Obrigado" (Juca Chaves).
Durante a campanha presidencial que o sucederia, surgiu um candidato que galvanizou o coração e mente dos brasileiros: Jânio Quadros. Sob a bandeira da "moralidade" e que tinha como símbolo uma "vassoura" para "varrer toda a roubalheira" do governo JK. Jânio (1961) eleito ficou apenas 7 meses no governo, renunciou.
Ao final, quem se encontra melhor posicionado na nossa História? Quando Jânio Quadros morreu, a sua única filha com o seus netos brigaram na Justiça pela posse do espólio depositado numa conta bancária no exterior. Enquanto JK nunca foi a sétima fortuna do mundo e tampouco deixou uma herança disputada por herdeiros.
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