sexta-feira, 23 de agosto de 2019

CADÊ A FLORESTA QUE ESTAVA AQUI?


Os generais guardiães dos despautérios do presidente alardeiam a defesa "patriótica" da Amazônia. Mas, não é e nunca foi tudo isso. 

Ora, nos governos militares, logo depois golpe 1964, o Serviço Geológico EUA se apossa do levantamento aerofotogramétrico contratado pelo governo João Goulart e que localizou na Serra de Carajás (PA) uma farta jazida de calcário e ferro, eles repassam para U.S. Steel explorar à vontade.


Em 1966 os brasileiros se viram diante do Projeto Hudson, elaborado pelo Hudson Institute (RAND Corporation), fruto da perversa mente do "futurólogo" Herman Khan, apoiado pelo Ministro Roberto Campos e Marechal Castelo Branco. Este projeto previa inundar seiscentos mil quilômetros (Manaus e Santarém seriam inundadas parcialmente). 

-Porquê? 
- Perguntem pra eles. 

Daí em diante o loteamento da Amazônia disparou, causando uma enorme desordem fundiária na região, coisa de vida e morte, até hoje. 

O governo militar loteou a Amazônia para várias multinacionais e que na maioria destes projetos fracassaram deixando um rasto de destruição, desmatamento, assassinatos, rios assoreados, tribos extintas ou mendigando à margem destes projetos. 

Aqui algumas destas empresas: Volkswagen, Projeto Jari (Ludwig), Georgia Pacific, Anderson Clayton, Swift-Armour, Goodyear, Nestlé, Mitsubishi, Bordon, Bradesco...

A farra foi grande para transformar a Amazônia numa grande pastagem de produção de filé, picanha e hambúrguer. A farra continuou... 

Serra Pelada, Pró-Álcool, Paranapanema, a fracassada hidrelétrica de Balbina-AM, Perimetral Norte (BR-210), a megalômana e inconclusa Transamazônica, um verdadeiro desastre ambiental, mas um saco sem fundo de corrupção.


O historiador norteamericano Warren Dean (1932-1994) em sua obra "A Ferro e Fogo: a história da Mata Atlântica Brasileira", ele escreve: "Vocês querem saber o que vai acontecer com a floresta amazônica? Basta observar o que aconteceu com a Mata Atlântica, hoje, restam apenas 10% da sua cobertura florestal originária."

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"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.