quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A BALA QUE MATOU ÁGATHA, 8 ANOS


É sempre a mesma melodia...


Cheiro de enrolação no caso da menina Ágatha Félix, 8 anos, assassinada com um tiro. Apesar da polícia carioca concluir que o projétil que matou Ágatha é compatível com um fuzil, mas, segundo os peritos, não foi possível compará-la com às armas apreendidas dos policias que se encontravam a serviço na noite do crime. 

Vamos lembrar do assassinato-execução de Marielle Franco, até hoje sem nenhuma resposta conclusiva da Policia carioca. 

Daqui a pouco vão acusar a menina Ágatha de ter cometido suicídio?

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

RAONI E O PLANETA TERRA


"Respiramos todos um só ar, bebemos a mesma água, vivemos em uma só terra. Nós devemos protegê-la."

RAONI METUKIRE



terça-feira, 24 de setembro de 2019

O ÍNDIO COMO UM MERO COLAR EXIBICIONISTA



Bolsonaro, é o "dito-cujo" que prometeu não ceder um milímetro de terra para os índios, agora se exibe em NY com um colar indígena. 

Um índio carnavalesco. 

Isso me fez lembrar da minha infância em Manaus. Havia um senhor que contava todo gabola de um colar que havia herdado do avô - um colar com orelhas dos índios. 

As crianças ficavam horrorizadas diante desta macabra história.


sexta-feira, 20 de setembro de 2019

GREVE GLOBAL PELO CLIMA, CLIMA STRIKE



Hoje, dia 20 de setembro de 2019, aconteceram manifestações em defesa do Planeta em muitos países, as mídias impressas do Brasil deram amplo destaque aa milhões de pessoas que saíram às ruas ao redor do mundo, mas esqueceram que aqui, também, aconteceram expressivas manifestações em defesa do nosso Planeta. Inclusive com forte enfoque na Amazônia.

São Paulo, MASP - Avenida Paulista.







segunda-feira, 16 de setembro de 2019

CINZAS DA FLORESTA...

À despeito da reação do governo sobre as queimadas na Amazônia, defendendo-se com arroubos de patriotismo pela soberania nacional, ainda assim arde a floresta, a paisagem dolorosa...essa agonia é vista em todos os lugares seja no Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e Pará. 

A floresta de Alter do Chão, Santarém no Pará arde, vira cinzas.


A defesa do nosso patrimônio ambiental precisa de muito mais que palavras, precisa de ações e propósitos. E é justamente isso que este governo não têm. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

11 DE SETEMBRO, MAS QUAL ONZE DE SETEMBRO?


11 de setembro, uma data de vários significados, mas prefiro recordar a data que ficou registrado no Diário da vida inteira. Os livros, sempre as mesmas vítimas, os livros.

Em março de 1973, havia estado no Chile, com a mochila nas costas, à caça de sonhos on the road. 

Enquanto por lá estivemos todos aconselhavam ir embora, sair o quanto antes, era eminente um Golpe de Estado, seguido por derramamento de sangue, chacinas, matanças...

O Chile era a praça de guerra da "Guerra Fria". 

Os EUA através da CIA financiavam descaradamente a conspiração. 

Todos diziam, "vai embora, vai haver um derramamento de sangue". 

E saímos rumo ao deserto de Atacama em direção ao Peru. Foram dez dias pelo deserto caminhando, de carona e inclusive na boléia de caminhões-cegonhas carregando automóveis fabricados no Brasil, zero quilômetro.

Meses depois ao desembarcar em Brasilia, vindo de Manaus, sou sequestrado por órgão de repressão da aeronáutica, descendo as escadas do avião no aeroporto da Capital Federal. No estacionamento enfiaram-me na cabeça um nauseabundo capuz preto. 

A partir daí...o pesadelo. 

Depois de 20 dias de sequestro, incomunicável, literalmente abandonado na rodovia Belo Horizonte-Rio de janeiro. 

O pesadelo maior viria meses adiante...era o 11 de setembro do Chile, bombardeio do Palácio de La Moneda e da democracia chilena...milhares de prisioneiros torturados e sumariamente assassinados...os cadáveres boiavam nas águas do Mapucho, o rio que corta a cidade de Santiago. 

Era apenas o começo de uma ditadura sanguinária e que acabaria em 1990. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ANTIGO, MAS SEMPRE ATUAL


"Se você planeja para um ano, plante arroz. Se planeja para dez, plante árvores. Mas se planeja para um século, eduque a humanidade." 

Kuan-Tzu (545 a.C-470 a.C)


                                        Foto by Aurelio Michiles, La Chorrera, Colombia.

CINEMATECA BRASILEIRA AMEAÇADA



Diante do desmanche da Cinemateca Brasileira...

Penso em Paulo Emilio Salles Gomes, Rudá Andrade, Alex Viany, Thomaz Farkas, Alberto Cavalcanti, Linduarte Noronha, Gustavo Dahl, Francisco de Almeida Salles, Décio de Almeida Prado, Humberto Mauro, Jurandyr Noronha, Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Rogerio Sganzerla, Roberto Santos, Cosme Alves Netto entre tantos outros que dedicaram suas vidas por Amor Ao Cinema.


quinta-feira, 5 de setembro de 2019

BACURAU, UM FILME BRASILEIRO



BACURAU, é simplesmente um filme imperdível.

Nem vou entrar naquilo que não gostei. O filme é necessário, ele vai ao ponto daquilo que necessitamos neste momento. E, o melhor, ele traz algo do Cinema Novo, diz explicitamente aquilo que de uma maneira aquela geração não pôde fazê-lo, havia censura, vivia-se numa Ditadura que prendia, torturava e matava. Os artistas expressavam-se por vias tortas...metáforas.

Aqui, no filme BACURAU, o arcaico e o reacionário Brasil é revelado  como parte das configurações geopolíticas do mundo. A trilha é sensacional. Aquele Lampião tropykalysta pós-moderno e as alegorias lisérgicas tudo de bão, mermão. 

BACURAU é uma excelente e saudável catarse. Aliás, o cinema é pra isso mesmo. Kleber Mendonça Filho e  Juliano Dornelles andam com a língua afiada e que continuem assim.

A canção "Réquiem para Matraga" de Geraldo Vandré diz tudo: 


Vim aqui só pra dizer
Ninguém há de me calar
Se alguém tem que morrer
Que seja pra melhorar

Tanta vida pra viver
Tanta vida a se acabar
Com tanto pra se fazer
Com tanto pra se salvar
Você que não me entendeu
Não perde por esperar


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

BRASIL ARCAICO, HOJE


O Brasil de sempre...Até quando? O esgoto cultural daqueles que insistem em fazer valer a Lei do ultraje, da violência, do preconceito e do ódio.


Por ter roubado uma barra de chocolate do supermercado Ricoy, zona Sul de São Paulo, um jovem de 17 anos,  negro e morador de rua, foi torturado com chicotadas nas costas pelos seguranças do estabelecimento. 



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

AMAZONIA By MILTON HATOUM


A Amazônia sempre esteve sob a ameaça da devastação irresponsável, mas nunca como agora, esse crime ganhou voz explícita que exalta o "fogo geral" e põe sob a mira da extinção a flora, a fauna e os povos da floresta. 

Em 1977 um grupo de jovens estudantes da FAU-USP decidiram ver de perto o que acontecia na região amazônica, entre eles estava o agora escritor Milton Hatoum, amazonense de Manaus. 

No registo desta expedição entre fotos e textos, Hatoum, publicou vários poemas e este é um deles. É triste, lamentável que esse fogo continue ardendo.



"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

www.tudoporamoraocinema.com.br

Minha foto
Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.