Escola da Vila. Anos 80. Palestra Paulo Freire.
O professor, o mestre me fez lembrar o livro escolar adotado nas escolas de Manaus onde aprendíamos as primeiras leituras.
O livro tinha o personagem "Pedrinho". Ele mudava de casa. O bairro tinha uma ambientação sem nenhuma referência para nós. Tampouco suas experiências da nossa vida cotidiana: Inverno, Verão, Primavera e Outono. Culinária, flora, fauna, frutos, frio, neve... inimagináveis. Nada de cupuaçu, tambaqui ou umidade, calor amazônico.
Eu e o meu amigo Narciso, tirávamos sarro disso tudo. Não sabíamos, já existia um professor que propunha uma educação em diálogo permanente, diretamente com o imaginário do aluno. Ele era Paulo Freire, hoje completa 100 anos, foi exilado pela Ditadura 64, justamente porque em 1962, Angicos, Rio Grande do Norte, em 40 horas alfabetizou 380 trabalhadores rurais.
Isso foi considerado um crime, uma traição que a elite retrógrada e refratária não engole até hoje.
VIVA PAULO FREIRE!
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