terça-feira, 13 de março de 2012

A GUERRA DO AFEGANISTÃO

...DE todas as notícias que nos chocam diariamente, daquelas que saltam da mídia atingindo em cheio o estômago, a história daquele jovem soldado norte-americano, e que logo ao amanhacer, salta da sua cama com ferocidade... Armado até aos dentes, segue em direção a casa de civis afegãos e dispara sua arma a êsmo assassinando indiscriminadamente crianças, velhos e adultos. Ele deve ter tido um "surto", é o que argumentam oficialmente. 

Caso estivesse numa cidade em seu país, logo encontrariam justificativa neste ato transloucado na atitude de rejeição por parte dos seus colegas de escola, universidade ou...A verdade que nem todos são capazes de conviver com as atrocidades de uma guerra, vai-se a guerra como um robot, programado para matar, mas se esqwece que seres humanos podem até serem alienados da existência e importância social, mas mesmo assim eles são feitos de emoção, aqui neste caso posso vislumbrar alguma justificativa para a atitude transloucada deste jovem. 

O filósofo Jean Paul Sarte, em sua obra teatral (Entre Quatro Paredes-1944) tornou público uma das suas frases mais popular: 

"O INFERNO SÃO OS OUTROS NO CAFÉ DA MANHÃ".


Esta frase traduz muito bem os tempos de hoje, aonde, parece sob consenso abstrado-virtual a humanidade lavou as mãos diante do outro, o que importa é o arrivismo, aquilo tipo, "quero chegar lá, a qualquer custo" . 

O jovem interventor soldado norte americano, encontra-se numa guerra contra um país que nem conhece os hábitos e costumes, apenas na forma de inimigo papável, aqui neste caso, resolveu acabar com a guerra de uma vez por todas, sózinho, por conta própria feito um "rambo". É possivel que tenha causado mais problemas para os objetivos bélicos e geopoliticos do seu país, e é possivel que este gesto provoque uma reação que pode sobrar para muitos outros inocentes.

OS OUTROS para o jovem soldado é ele mesmo, e o dedo acusador é a sua consciência ideológica em que foi educado, o inferno encontra-se dentro dele mesmo. É possivel que em vez de sair atirando e matando a êsmo, talvez quissesse se olhar no espelho e epatifar seus miolos, mas a covardia cega o fez optar em utilizar o uniforme ideológico do "Capitão América".

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"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.