sexta-feira, 5 de junho de 2020

SOS CINEMATECA BRASILEIRA



MANIFESTAÇÃO SOS CINEMATECA 
Largo Sen. Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, São Paulo – SP
Grupo de Trabalho Cinemateca Brasileira da APACI - Associação Paulista de Cineastas 

Estamos atravessando um momento terrível para todas a cultura brasileira com o governo Bolsonaro. Nesse contexto, a Cinemateca Brasileira passa por sua maior crise desde a sua fundação a 7 de outubro de 1946.

Há alguns anos esta instituição não recebe recursos governamentais necessários para o seu funcionamento pleno. Técnicos valiosos e especializados foram demitidos e as atividades foram reduzidas drasticamente. Entre outras coisas, isso se refletiu na subutilização dos equipamentos de ponta, fruto de vultosos investimentos, que correm o risco de sucateamento.



Desde de abril deste ano, está com os salários dos poucos funcionários que restam atrasados e luta para pagar a conta de luz, que pode ser cortada a qualquer momento. Um eventual apagão elétrico será desastroso, pois atingirá a climatização das salas em que estão arquivados verdadeiros tesouros de seu acervo histórico. Sem a climatização e inspeção constante, os filmes em nitrato de celulose-material altamente inflamável - ficarão expostos ao tempo e podem entrar em autocombustão como já ocorreu em 2016 -  a história do audiovisual nacional corre enorme risco.  


Por essas razões, a APACI Associação Paulista de Cineastas, organizou uma manifestação presencial diante do edifício da Cinemateca Brasileira, onde será estendida uma faixa com os dizeres SOS CINEMATECA – nome do movimento. 

No pequeno Largo, será lido o Manifesto assinado pelas mais importantes associações cinematográficas do Brasil e que conta com importantes adesões internacionais como Cineteca di Bologna, Cinémathèque  Française; FIAF International Federation of Film Archives (152 cinematecas do mundo) e  CLAIM - Coordenadoria Latinoamericana de Archivos de Imágenes em Movimento.

A ato não terá duração maior do que uma hora e todos os participantes foram orientados a utilizar máscaras protetoras de nariz e boca, além de manter a distância de segurança de no mínimo um metro e meio entre eles.

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"Livre-pensar é só pensar" Millor Fernandes

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Nasceu em Manaus-AM. Cursou o Instituto de Artes e Arquitetura-UnB(73). Artes Cênicas - Parque Lage,RJ(77/78). Trabalha há mais de vinte anos em projetos autorais,dirigindo filmes documentários:"SEGREDOS DO PUTUMAYO" 2020 (em processo); "Tudo Por Amor Ao Cinema" (2014),"O Cineasta da Selva"(97),"Via Látex, brasiliensis"(2013), "Encontro dos Sabores-no Rio Negro"(08),"Higienópolis"(06),"Que Viva Glauber!"(91),"Guaraná, Olho de Gente"(82),"A Arvore da Fortuna"(92),"A Agonia do Mogno" (92), "Lina Bo Bardi"(93),"Davi contra Golias"(94), "O Brasil Grande e os Índios Gigantes"(95),"O Sangue da Terra"(83),"Arquitetura do Lugar"(2000),"Teatro Amazonas"(02),"Gráfica Utópica"(03), "O Sangue da Terra" (1983/84), "Guaraná, Olho de Gente" (1981-1982), "Via Láctea, Dialética - do Terceiro Mundo Para o Terceiro Milênio" (1981) entre outros. Saiba mais: "O Cinema da Retomada", Lucia Nagib-Editora 34, 2002. "Memórias Inapagáveis - Um olhar histórico no Acervo Videobrasil/ Unerasable Memories - A historic Look at the Videobrasil Collection"- Org.: Agustín Pérez Rubío. Ed. Sesc São Paulo: Videobrasil, SP, 2014, pág.: 140-151 by Cristiana Tejo.